Roupas customizadas, pintadas a mão, com apliques, etc...

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Fonte





Hoje, sorri ao vento
Bebi o néctar dos Deuses
Rolei no gramado de orvalho
Gritei meus sonhos e delírios
Te beijei a boca
Experimentei o júbilo completo
Teu ar embevecido
O olhar meiguíssimo
Com uma maneira descrente
De me pedir que o amasse
E que fosse pela eternidade
Sorrindo continuei
E te lembrei
Que tudo é para sempre
O ar, o orvalho que vem e vai com o sol
As nuvens que acima de nós se transformam
Em ovelhas brancas
O luar que retorna sempre ao anoitecer
O sol que aquece e energiza o dia
Somos todos eternos,
Energia em movimento, ciclos
Que passam e vem
Mais forte, mais frágil, mais bela ou amena
Somos seres eternos
E iluminados pelo Amor maior
Incondicionalmente nosso.

Presença



Noite alta,
Esses olhos viajantes
Brilham de furor, negros
Magia,
Ilumina teu meio sorriso,
Lua
Olhando ao alto
Vês que te acompanha
E tal como as marés
Influencia teus humores
Teus amores
Tua energia
Delírios noturnos
Vida a se esconder, segredos
A espera do sol alto, suavizar,
Teus medos

Brisa



Vida, luz
Magia
Um lado arrepia
Num outro se via
E assim
O mar tremia
Com as aves
Tentando em um dia
Fingir outro sorriso
Que vivia
Se insinuando
Adormecí.

Que seja

Será que para ti
São dores
O ato de deitar
Rolar ao chão
E chorar
Rastejando
Por entre pedras e areia
Feito um réptil
Absurdo ser
Arisco fugitivo

Dores, dores
Para mim, são dores
Lateja minha cabeça
E minha mente
Se compraz

Não para ti,
Para ti não são dores
É débil, é cruel
Mas é prazer
Ah!!!!!!! Como eu queria crer  !!

Sono


Eu e a manhã
Abrir os olhos, ver a luz
Fecho os olhos
Dói olhar a luz              
Uiii Tentarei novamente mais tarde
Vou dormir mais um pouquinho
Não me dou bem com a dor...
ZZZZZZZZZZ

Aiii aiii



Alimentei o peixinho
No aquário doce
Peixinho lindo !!! Boca de peixinho,
Escama de peixinho, barbatana de peixinho
Colorido como peixinho!!!
Assim como um peixinho
Como camarão, como ostras, siri, caranguejos
Adoro frutinhos do mar
Ai ai, peixinho, deixa eu te pegar !!!
Prometo, não  vou te fritar.

Acidez


Dominei o azedume do limão
Triturei o amendoim
No pilão
Subi no colo do dragão
Olhei nos olhos do vilão
Na mão o violão, não era meu não
Dedilhei a agonia da noite
E o som era um grito de silêncio
No bar, todos correram
Podem suportar tudo, bêbados, chatos, até ladrão
Mas o som ensurdecedor do silêncio ???
Ahh, isso não... 

Flôr da Pele


Nâo quero ver hipocrisia nos teus olhos
Não quero ter que rir de suas piadas
Não quero ser irônica e sair pela tangente
Porque eu gosto da luz do sol
Porque eu quero choro de verdade
Eu quero riso de verdade
Eu quero vida de verdade
Não se aproxime de mim com
Estratégias de busca, de conquistas, baratas
Ratos, percevejos, bichos rastejantes e de esgoto
Porque eu gosto de araras multicoloridas
Abelhas em colmeias, canto dos querubins
Em meio as trilhas de mata fechada,
Beirando a serra do mar
É, eu sou pé no chão, eu sou areia molhada,
Minha pele transpira azuis,
Verdes, vermelhos, tintas de todos os tons
Elas se misturam com meu sangue
Minha mente fervilha letras, poesia, música,
Loucuras, filosofias baratas e caras, e mandalas multicor
Pode perceber, em meu coração eu tenho
Todos os sentimentos
Menos o ódio mortal
Eu amo, rejeito, me magoo, respeito, admiro
Mas também desprezo
Sinto indiferença, e também temo o desconhecido
Mas adoro esse friozinho que me arrepia
Quando um toque quente me surpreende a pele nua
Me arrepia a água gelada das cachoeiras
Me arrepia sentir, me arrepia ouvir,
Me arrepia viver
Me arrepia deixar a onda me levar pro meu lugar

Corte



Pus o pé na calçada
Era manhã de um novo dia
Hummm !!!! Não esperava...
Havia um caco de cerveja da madrugada na calçada
Que dor !!!! Aii como doía
Mas não cortei a pele
Ela esta grossa
De tanto caminho, de tanta estrada
Suspirei aliviada
O ar fresco invadia
Mas já não era a dor na pele que sentia
Era a dor da madrugada que jazia
Era a lembrança do menino atrevido,
Que na madrugada fria, partia.

Pátria


Tinha uma bandeira no mastro
Era linda, colorida, parecia de uma pátria inspirada !!
Olhei para ela, me lembrei de areia molhada
Não sei  porquê, me lembrei de pampas e mar
Nem sei porquê viajei sem pensar
Que talvez a linda pátria não fosse
Só aparência, talvez tivesse um povo, uma essência
Talvez um povo batuqueiro e fiel
Um povo de romance de cordel
Um povo de Vinícius e Noel
Um povo que, dói só de pensar,
Teria até um Beira-mar
Ou talvez um Capitão da Guerrilha
Lutando nas trincheiras, pela liberdade
Um povo inspirado e inspirador
Um povo movido pelo amor
Que não cansa de lutar
Que se orgulha de Mendes, sim, um grande Chico
E um velho Chico
Essa pátria de grandes, de pequenos,
Mas do bem
Foi escolhida para ir mais além
Para além do que a vista,  o pensamento
E o coração podem alcançar
Essa pátria de florestas virginais
É a mesma de latifúndios e coronéis
Essa pátria que não tem explicação
É assim, em forma de coração
E ela te abraça e chora
Ela é nossa afinal
Façamos o nosso próprio império
Cultural – Ameríndios, negros, brancos e amarelos
Brasileiros até o fim.

Luz no Caminho



Eu quero a igualdade reinando nas ruas
Eu quero o amor flutuando no ar
Quero o teu olhar de alegria
Quero de tanta felicidade em mim te contagiar
Quero o olhar doce daquele menino
Sem fantasias, doces, brinquedos, mas
Que mesmo assim aprendeu a amar
Vem, me dê a mão, caminha comigo, vamos a fraternidade semear
Sem dar pé pro preconceito
Sem dar pé pra gente má
Sei, você não é perfeito
Eu também não sou, deixe isso pra lá
To aprendendo a cada dia com a gente simples,
Que as vezes mal sabe o beabá
Vamos juntar o alimento
Vamos juntar a poesia
Vamos, este caminho e destino,
Com o milagre da ação transformar
Eu tô com a vozinha que dizia:
O saber não ocupa lugar
Mas eu acrescento:   o saber sem fazer não basta,
O conhecimento é uma arma
Pra quem sabe usar
To sabendo que a caminhada é grande
Mas a beleza do caminho, está no caminhar...

Cansaço



Descanso a vida
Numa montanha de alfafa, comendo
Teu alpiste
E mergulhando no teu umbigo
A minha sede,
A vastidão
De uma busca terminada.


Todo



Todo, que tem um vaso quebrado
Cacos,
Sonhos e sorrisos fortes, abertos, largos,
Mergulho em pedras
E ao emergir, respiro, suspiro
E viajo de uma forma sem volta
Ao teu sorriso macio.





Mar Poesia



Sinto que o mar
Que me dedicas é outro
Mais salgado, mais líquido, mais vivo
Que o usual, ele é doce
Escaldante e gelado como o seu quintal
Não, o teu mar é rio, é cascata
É catarata, pororoca
Um sonho azul
Uma realidade verde,
Um sol lilás, em uma manhã,
Que de tanto mar, acordou poesia.


CLAREIA

Colhe da luz
Na busca
Um iluminado
Teor de claridade
Sufocante, sublime
Que lamenta
E exprime
Contorcendo-se
Por um novo amanhecer
Clarear, reluzir
Para nunca deixar
De amar a
Luminosidade
Do nascer do dia
Aurora
Ao pôr do Sol
Ocaso.

VIVENDO


Todos olharam
Quando o Sol
Tirou sua roupa
Cinza de solidão
E vestiu o sonho
De uma alegria louca de verão
Todos olharam quando nada
Mais escondeu da vida
O brilho, o encanto.
Todos olharam
Quando a compreensão
Acalentou a fronte cansada
E em meio ao alívio da manhã
Todos sorriram
E festejaram a vida.









REFLETIR



Sobre caminhos úmidos
Pés descalços
Sugando energia da terra
Condensei o orvalho mórbido
Nas pétalas de uma flor
Para sentir se em tua ira
Espantava na noite fria
O incansável beija-flor
Que delírios de noite fria !!!!!
Beija-flor, a noite,
Se alimenta ou dorme ?

Quero o rosto que em
Ti se reflete
Quero de volta minha
Estupidez  de amante
Quero amar
Mesmo que, de repente
A noite me venham pesadelos
Mesmo que me sufoque
E me arrebente os nervos
E mesmo que na manhã
Não mais me venha
Vontade de levantar a fronte.

Vamos


Vamos fazer um trato
Me deixa viajar
Nas asas dos condores
Sobrevoar as
Cordilheiras geladas
Dos Andes
Sentir  no vento frio
A me esfriar o sangue
Toda a latinidade
Daqueles povos antigos
Sangue quente
Mortos
Em nome da civilidade
Me deixa
Amar a cor
De suas peles
O colorido de suas roupas
A sabedoria
Milenar
De uma civilização
Me deixa ir
Me deixa
Que eu te deixo ir comigo.

Lirismo

Lírios livres
Lírios caídos ao chão
A mesma menina
Sempre,
Andando por entre eles
Dispersos, como no mar
E sempre caídos ao chão

Lírios brancos
Inconstantes
Pétalas flutuantes
Livres
Voadoras
Sempre buscando o chão

Belos , se doam
Aos passantes
Não são vãos
São luz num caminho
Compartilhado
Mas a menina
Aquela de sempre
Se abaixa
Recolhe a beleza e enfeita os cabelos.

INSANIDADES


Louco de ser e estar , louco
Louco por amar e saciar, louco
Louco de mordaças e amarras
Por ele conduzidas
Quando soldado, sem armas
Peito aberto ao inimigo
Quando poeta, escreve nada mais
Que sua revolta
Referente a sí e aos miseráveis
Palavra usada por ele, para designar
Os miseravelmente oprimidos
Chamam-no: o mentiroso, o louco
Que não entende a realidade
É filósofo, procura a todo instante
Respostas, para questões
Concretas e abstratas,
É pintor de telas imaginárias, onde
Exprime seu universo interior
Canta suas angústias ao luar
Só ou acompanhado de outros loucos
Ou bêbados.
É louco, porém, inalienável,  entende ?
Será possível entender este louco ?
Eu o entendo, mas talvez
Esteja louca.

INSENSATEZ



No limiar do pensamento
Acalenta bela luz
Num tão breve momento
À busca do que era
Não retornará
Pois explicito no olhar
Seu brilho usual
Perde-se de mistério
Cansa-se de vagar
Enternece-se num repente
E verte lágrimas sem par


Se lembras do insano
Do desvairado e do louco,
Lembras do lúcido,
Que de sensatez
Empalidece sua corada tez
Enquanto o outro
Chamado insano
Vive em seu mundo
E nele é feliz
Porque não o questiona
O imagina
Se faz aprendiz




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